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Os Porto-Alegrenses Podem Ficar Sem Atendimento Via 156 da Prefeitura da Capital Gaúcha.

Os porto-alegrenses podem ficar sem atendimento via 156 da prefeitura da capital gaúcha. Isso porque os teleoperadores estão com atrasos de salário, auxílio alimentação e quase 20 dias sem receber a primeira parcela do 13º salário. Com isso, ameaçam paralisar as atividades até que o problema seja resolvido. Os trabalhadores são contratados da empresa terceirizada Alô Teleatendimento, que presta serviços para órgãos públicos. Entre os serviços municipais atendidos pelo canal está o Samu, EPTC, DMAE, Defesa Civil, Secretarias da Fazenda, da Saúde, Vigilância Sanitário e Fiscalização, além do Tribunal de Justiça do Estado.

Em reunião com o Sintratel-RS, sindicato que defende os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras em telemarketing, a terceirizada alega que os atrasos salariais se dá em razão da demora em cumprir com os compromissos financeiros dos próprios órgãos, uma vez que a empresa trabalha exclusivamente com licitações públicas. Segundo a empresa, dependendo do faturamento após a prestação dos serviços, prefeitura e Tribunal de Justiça demoram mais de 90 dias para efetuar o pagamento.

O sindicato protocolou na TRT da 4° Região mediação entre empresa e prefeitura de Porto Alegre para tentar solucionar os atrasos de salários e benefícios. O encontro será realizado no próximo dia 15 de dezembro, às 15h30.

SITUAÇÃO DESUMANA

A terceirização é a precarização do trabalho e uma das maiores causas da insegurança de pagamentos salarial e benefícios em dia. Essa categoria já sofre com baixos salários, afastamento de colaboradores cada vez mais jovens por doenças psíquicas como a Síndrome de Burnout, assédio moral no local de trabalho e os descumprimentos da lei trabalhista.

Será mais um final de ano difícil para quem trabalha duro durante todo o ano para atender a população em serviços essenciais. Sem salário, sem benefícios, os trabalhadores veem aumentar ainda mais os problemas básicos com a alimentação e riscos do corte de luz e água. É a dignidade desrespeita por terceirizada de órgão públicos.

O sindicato não descarta a paralização. Não há possibilidade de continuidade do trabalho sem salário. Somos trabalhadores, não escravos.